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Se não tem música? A gente canta. E se chover?

Sabe aqueles dias de 40 graus? Nosso verão foi bem assim. Semanas sem cair uma gota de água. Para ficar melhor ainda, adivinha quando decidiu cair um toró? Certamente, no dia que subimos a serra de moto.

Eu não costumava ir para longe de moto, aprendi a gostar. Aprendi a desfrutar desses passeios de forma diferente. Sem música e com vento na cara. Para falar a verdade, hoje, eu posso considerar que amo esse tipo de passeio. 
É bom variar, é bom saber o que fazer quando o Spotify não funcionar. No nosso caso, a gente canta. Eu não vou me obrigar a passar vários quilômetros sem ao menos uma musiquinha. Já dizia alguém no mundo, se eu tenho boca é pra falar – nesse caso, cantar.

Sendo assim, problema um: resolvido. Sim! Para mim isso era o principal problema na minha cabeça. Viajar sem música é um absurdo. Viagem sem música é como Princesa Leia sem seus penteados ou Rory Gilmore sem suas listas.

Mas não só esse problema vem a mente, me pergunto – e o meu cabelo? – Nessa parte aí eu até dei um jeito. Apenas não contávamos que justamente no dia que resolvemos colocar o guidom na estrada iríamos receber um belo de um dia chuvoso. E adivinha quem não tem capa de chuva? Isso mesmo, eu!

Na vida sempre temos duas escolhas: aceitar a situação ou fazer dar certo independente da circunstância. Nem sempre vai ser cômodo, às vezes, a tempestade vem em um dia inesperado e eu acredito que há mais para viver ao invés de simplesmente esperar a chuva passar. Vai ver que o que eu realmente estava precisando era de algo para me tirar do lugar.
Não pense que é simples assim. Pensar e fazer. Nunca murmurar. Sempre ver o lado bom das situações. Na real, a gente se esforça para ser assim. E nisso eu posso dizer que vale a pena. Tenho aprendido e não ando aprendendo sozinha. Digo isso principalmente porque não fui a pessoa que não olhou com aquela cara de “eu te avisei que não era uma boa ideia”. Porém, para a minha surpresa e felicidade eu estava errada.
É uma boa ideia sair sem rumo, se arriscar, sentir o vento, o sol e nesse caso a chuva também. Correr para procurar abrigo ou sombra. Sorrir e admirar. No fim das contas a gente sempre está procurando algo para se queixar, seja do calor, seja da chuva. Buscando abrigo para o sol, abrigo para a chuva. Será mesmo que queremos dias nublados para sempre? 
Por isso, gravei alguns dos nossos momentos no fim desse verão. Em um dia pouco ou nada planejado. Com chuva, com sol. Com gente que é boa companhia e que canta quando não há música e dança quando a chuva vem.

No fim, teve até piscina. Mas a verdade é que a gente não se importa muito se faz chuva ou sol para entrar na piscina – nem para termos um dia bom.

Enfim, faça chuva ou faça sol…dance, cante e seja feliz sendo você mesmo!

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