Esse semestre fiz uma disciplina na faculdade, que infelizmente foi parte E.A.D, sobre inovação e design. Ainda assim, para minha surpresa, não só inovação e design dos assuntos que naturalmente esperamos aprender foi estudado ali, mas sim o impulso de enxergar o mundo em que vivemos com um novo olhar, um olhar de compaixão.

De certa forma, a minha vida, com os problemas que todos têm em si, mesmo que diferentes uns dos outros, posso considerar que é tranquila. Tenho um lar para morar, nunca faltou comida e nem bebida. Assim, com toda a minha e talvez a sua normalidade, já paramos para pensar que isso pode não ser a realidade de uma outra pessoa? Eu pensei sobre isso esse semestre e gostaria de deixar aqui o registro de um trecho da minha dor.

De inovação e design a dor pelo outro

Nove crianças morrem a cada minuto devido à falta de nutrientes essenciais em suas dietas (OMS – Organização mundial da saúde, 2020) mais do que sentimentalismo ou comoção toma o nosso ser, e sim um sentimento de gratidão pelo que temos e uma vontade de mudar o mundo.

De certa forma, a frase mudar o mundo pode se tornar um tanto prepotente para pessoas adultas falarem. Associa-se isso ao antigo trecho famoso onde um jovem príncipe com um desenho de uma cobra que engoliu um elefante e ao perguntar o que seria o desenho, os mais velhos diziam ser um simples chapéu (Exupéry, 1943).

A realidade dos fatos é que tem se perdido a falta de vontade e a crença de que se pode sim tornar o mundo um lugar melhor, mais resiliente e mais empático. Embora, talvez hoje em dia a frase soa um pouco infantil, o erro não está nas crianças em pensarem assim, o erro está nos adultos acharem que não podem fazer nada em relação a isso – ou então, em não se doerem pelo próximo.

Cada ser fazendo o que pode, dando o seu melhor e olhando para o lado, se preocupando com o próximo, sentindo a dor do outro. Isso muda tudo.

Pois bem, iniciamos pela nossa dor. Uma dor que eu achava que tinha, pois ao me aprofundar nas pesquisas para a dissertação e desenvolvimento do trabalho eu percebi que a realidade é que muitas vezes vivemos em nosso mundinho achando que já tem gente demais fazendo algo, se importando verdadeiramente com algo e esquecemos de termos compaixão ou até mesmo humanidade.

O nosso olhar precisa sair do nosso eu, nossas conquistas, nossos sonhos e passar a enxergar o mundo ao nosso redor. Comunicando a verdade, ajudando como podemos, servindo em amor.

Mas o que isso tem com inovação e design?

Utilizamos conceitos de Design Thinking e montamos projetos com assuntos que doíam em nós. Dessa forma, passamos desde pontos da empatia ao ponto de trazermos ideias para ajudar na amenização da “nossa dor” – que na verdade é a dor do outro vista com mais compaixão.

Sendo assim, o que mais seria inovação se não tornar o mundo um lugar melhor? E por que não utilizar dos aprendizados de um disciplina ou várias para conseguirmos ao menos enxergar melhor uma situação fora do nosso ponto de vista? Inovar pode ser tornar o mundo melhor para mim, para você e para aqueles que talvez nem lerão esse blog!

Maio Laranja e o que eu e você temos com isso

Esse mês de maio há uma campanha rodando na internet que é o maio laranja. Sendo uma campanha de conscientização contra o abuso e a exploração sexual infantil. Certamente, abuso não é brincadeira mesmo e nós devemos proteger nossas crianças. Proteger contra o abuso, a exploração, a fome, o analfabetismo, a orfandade.

Ademais, o mundo está cheio de pessoas que precisam de nós, precisam de você! Pois saiba que nem sempre serão grandes esforços, como, por exemplo, irmos para o outro lado do mundo. Visto que nós podemos fazer o que está ao nosso alcance e isso já é colaborar e caso algo mais toque o seu coração vá. Se abrirmos nossos olhos conseguiremos ver o que está à frente. De certa forma, eu penso que verdadeiramente o que não deve faltar em nossas ações é estarmos revestidos de amor em tudo que fizermos.

Nesse sentido, que algo toque a sua vida. Que possamos olhar o mundo com os olhos Daquele que o criou. Cheios de amor e ousadia para realizarmos todas as obras que Deus colocar em nosso coração.

Ainda mais, acabando de escrever esse post assisti o episódio de The Chosen, Jesus Loves The Little Children, onde eu pude mais uma vez ter a certeza de que justiça vem do alto e a fé que precisamos ter é como a de uma pequena criança que se apaixona por Jesus – Mateus 19.13-15

Inove na vida de alguém, inove na sua vida transformando ela através da gratidão e da compaixão pelo próximo.