No mesmo lugar, porém de forma diferente
Olá pessoas! Para começar essa conversa eu quero contar um pouquinho sobre a minha relação com blogs durante a minha vida até aqui.
Em 2010 eu criei o meu primeiro blog, com apenas 10 anos de idade. Sim, eu não era uma criança normal. Aprendi a amar e entender cada vez mais essa coisa toda por aqui. Códigos html’s que no princípio eram uma dor de cabeça, hoje, já não é mais tanto assim – só um pouquinho. Porém, não vou falar das coisas técnicas que aprendi nesse mundo desde então, mas sim, do quanto fui mudada em tudo isso aqui.
Quando somos crianças nós não temos muita vergonha de nada. Arriscamos, erramos, pagamos mico e não ligamos tanto assim. Pelo menos, eu era essa criança. Fazia de tudo para não errar – coisa de perfeccionista – porém, nem sempre era possível. No fundinho batia uma vergonha, mas nada que me impedisse de arriscar.
Na medida que a gente vai crescendo as coisas vão incomodando mais a nossa mente e a pergunta “o que será que fulano vai achar disso?” se tornou algo recorrente dentro de mim. Ver o que os adolescentes andavam fazendo no mundo real, me fazia ter vergonha de compartilhar minhas histórias online. Eu realmente morria de vergonha. Eu tinha um blog em segredo. Meu twitter era trancado e por lá fiz amizades virtuais que compartilhava meus conteúdos com eles.
Conheci tanta gente legal, pessoas que não tinham medo de ser quem elas eram. Investiam em seus sonhos e trabalhavam duro mesmo sem receber nada em troca. E eu? Eu estava com vergonha!
Parece engraçado, mas hoje eu vejo o quanto perdi tempo deixando de fazer algo que eu gostava. Por pura bobagem e insegurança. Contudo, engano seu pensar que eu deixei por completo de escrever. Eu ainda compartilhava conteúdos mesmo com meus medos, apenas não os divulgava muito. Hoje, eu leio e releio com aquele sentimento nostálgico.
Ter um lugar meu para compartilhar do que eu gosto me faz tão bem que eu não aguentei. Eu preciso de ter um lugar assim. Eu amo poder escrever na internet. E não importa se são apenas duas pessoas lendo ou até mesmo ninguém, eu simplesmente me sinto bem – eu acredito que isso é o principal, não é?
Quando compartilhamos encontramos outras pessoas que gostam das mesmas coisas. Criamos novas conexões. Ajudamos os outros. Construímos laços.
Eu aprendi muito nesse tempo. Sigo aprendendo. O que vem me mudando é assunto para outro post, ou até mesmo outros. Como spoiler, tem uma canção que diz: “You make me brave, you call me out beyond the shore into the waves.” É isso! E aqui estou eu, no mesmo lugar, porém de forma diferente.
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